A onda libertária nos EUA


LPeagleA empresa Gallup faz perguntas e dessas enquetes calcula estatísticas. Seu levantamento anual sobre governança pergunta: 

  1. Tem gente que acha que o governo está tentando fazer muita coisa que melhor seriam feitas por indivíduos e empresas. Outros acham que o governo deveria fazer mais para resolver os problemas do país. Das duas, qual atitude é mais parecida com a sua?
  2. Tem gente que acha que o governo deveria promover determinados valores na nossa sociedade. Outros acreditam que o governo não deveria favorecer nenhum determinado conjunto de valores. Qual dessas atitudes mais parece a sua?

São duas questões, cada qual com duas possibilidades, resultam quatro respostas possíveis. Eles (Gallup) calculam os resultados em 4 grupos: conservadores, libertários, populistas e socialistas leigos. Numa quinta categoria cabem os que anularam ou não conseguiram responder com competência. O maior grupo foi o dos libertários, com 27%, que acham que o governo se intromete demais e que ele NÃO deveria favorecer nenhum conjunto específico de valores. Em segundo plano os conservadores (26%), seguidos pelos socialistas leigos (23%) e de lanterna os populistas (15%). Segundo a revista Reason, no ano 2000 a categoria libertários estava em meros 18%. Se verdade, houve aumento de 33% em 15 anos neste sentimento “libertário” segundo a interpretação da organização Gallup. Essa mesma organização assevera que a satisfação do povo com o governo americano vem caindo e que 58% querem um terceiro partido.

Se isso é verdade, então por que tanto candidato das correntes socialista, proibicionista, conservadora e populista entre os pré-candidatos dos dois grandes partidos que formam o cartel político nos EUA? Uma hipótese é que como são um cartel, mentem sobre a contagem dos votos. Essa prática é muito antiga e piorou bastante depois da instalação do voto não verificável. (Voto secreto é outra coisa, onde só você verifica seu voto–assim como verificar o seu saldo no caixa eletrônico com senha). Outra é que o eleitor tem medo daquilo que desconhece e–como na mídia subsidiada pela lei do Nixon nunca aparece nada sobre o partido libertário–ninguém sabe o que está na sua proposta e mesmo sabendo que seu voto único ali valeria mais, prefere continuar na mesma e reclamar.

Consta que no Brasil o Partido Novo passou pelo corredor polonês do TSE. São muito encabulados, com pouca coisa no manifesto, mas se defenderem os direitos individuais e sempre procurarem alternativas que dispensam a coação, a coisa só pode melhorar.

 

 

 

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